terça-feira, 4 de maio de 2010

Câmara aprova relatório final da CPI da Ampla

Documento será apresentado em reunião da Aneel
Depois de quase um ano de trabalho, com 11 reuniões itinerantes em diferentes bairros de Niterói e dezenas de depoimentos, os vereadores de Niterói aprovaram na noite desta terça-feira, dia 4 de maio, o relatório final da CPI da Ampla, criada no dia 8 de maio do ano passado para fazer o levantamento de possíveis irregularidades no trabalho da concessionária no município. O relatório de 53 páginas será apresentado nesta quarta-feira, dia 5, no município de Angra dos Reis, durante audiência pública promovida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), pelo presidente da CPI, Vereador João Gustavo.
No documento, o vereador Waldeck Carneiro relator da CPI, traçou um amplo histórico do processo de privatização da concessionária de energia do estado do Rio e dos problemas enfrentados pelos consumidores a partir da privatização. Lembrando que hoje a empresa conta com apenas 1400 funcionários contratados e cerca de 6500 terceirizados. Ele lembrou, ainda, que com relação ao município de Niterói a Ampla se nega a pagar o ISS devido pelas receitas advindas do aluguel de seus postes para outras empresas e que não recolhe a Taxa de Uso e Ocupação do Solo, criada pelo novo código Tributário de Niterói. “Porem, a Concessionária cobra para fazer a retirada de um poste quando a Prefeitura necessita fazer o alargamento de uma via pública”, critica ele.
O relatório será encaminhado à Aneel, ao Ministério das Minas e Energia, ao Inmetro, à Prefeitura de Niterói e aos Ministérios Públicos do Estado e da Federação. “Encaminharemos a todos esses órgãos a nossa conclusão com as recomendações necessárias dentro do nosso ponto de vista, já que não temos poder punitivo, mas sim de recomendar aos órgãos as medidas que consideramos necessárias”, afirma o Presidente da CPI, Vereador João Gustavo. Entre as recomendações está a proposta para que cidades com mais de 400 mil habitantes, como o caso de Niterói, possa ter mais de uma empresa prestadora deste mesmo tipo de serviço. “Está mais do que comprovado que a concorrência é benéfica. Somente em Niterói uma média der 1500 ações contra a Concessionária é apresentada mensalmente na Justiça. Nossos estudos comprovam que de 1995 a 2008 a tarifa de energia elétrica subiu 398%, enquanto que o IPCA teve reajuste de 164%”, conclui o relator.

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