segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Colapso, Uma comédia que observa o Brasil do século XX e cria uma hipótese teatral para o futuro do país chega a Niterói

Osmar Prado, André Mattos, Lena Brito, Ricardo Tosi e Emanuelle Araújo
foto: Dalton Valério
Amor, ganância, romances escondidos e poder. Todos esses elementos e muito mais poderão ser conferidos nos dias 21 e 22 de agosto no Teatro Abel, em Niterói. Colapso, uma comédia dançante de Hamilton Vaz Pereira, chega à cidade sorriso após temporada de sucesso no Rio. No elenco, estão nomes consagrados nas telas e nos palcos. Osmar Prado, André Mattos, Lena Brito, Ricardo Tosi e Emanuelle Araújo contam de forma escrachada a história de cinco pessoas da alta sociedade , às vésperas das eleições de 2002, que vivem num mundo recheado de inveja, cobiça, dinheiro e falsas aparências.
Depois de fechar acordos internacionais; apoiar a construção de Brasília; viver à sombra da última ditadura militar; se converter à economia de mercado; contagiar o estado, a Igreja e a sociedade com seus propósitos de poder e fortuna,  Bonaldo Calidh, interpretado por Osmar Prado, salta da discrição do trabalho obsessivo para as colunas sociais a fim de conquistar, de vez, o coração da amiga Tuta Morvhan , vivida por Lena Brito.  Wallace Morvhan, André Mattos, divertiu-se tanto no século XX que não teve tempo para trabalhar; tornou-se sócio da Morvhan & Calidh para continuar sorvendo o que a existência oferece de incrível. Sua mulher, a embaixatriz Tuta Morvhan tem um romance que atravessa décadas com o magnata Calidh e agora um caso amoroso com Cizâniaa, Emanuelle Araújo, que por sua vez namora Tim Alessandra, Ricardo Tosi, que graças a ela torna-se biógrafo de Bonaldo Calidh.
Colapso é teatro para divertir, emocionar e pensar. Do ponto de vista temático, concentra observações sobre a vida dos brasileiros, cidadãos do mundo, durante boa parte do século passado até os dias de hoje e, ousa arriscar uma hipótese teatral para o futuro próximo do país; do ponto de vista estilístico, o fato de ser uma realização do gênero comédia dançante pretende cativar a sensibilidade do espectador que além de procurar um olhar sagaz sobre vida contemporânea deseja se divertir com um espetáculo teatral.
“A primeira versão de Colapso foi escrita no fim dos anos 80 e imediatamente abandonada. O texto permaneceu na gaveta até que em 2002, quando o Brasil preparava-se para eleger um novo presidente, recebeu um segundo tratamento. Outra vez o texto continuou inédito (e sazonando...) e o que aconteceu com a nação brasileira já faz parte da história. Oito anos depois, sob a expectativa das novas eleições presidenciais, eu retomei a obra e desenvolvi sua potencialidade nessa versão”, aponta Hamilton Vaz.
A cenografia de Fernando Melo da Costa é simples. Preto e prata, indicadora de ambientes ricos e poderosos freqüentados pelo jet-set internacional. A iluminação, que sugere obras oferecidas e adquiridas nos leilões de 1º mundo, além de lançar brilho em personagens que gravitam em torno de materiais de alto valor é de Jorginho de Carvalho. Os figurinos são de Inês Salgado. As músicas são do autor e diretor Hamilton Vaz e a trilha sonora é de Mário Manga.
Serviço:
COLAPSO
Dias: 21 e 22 de agosto
Teatro Abel
Endereço: Rua Mario Alves, 2, Icaraí – Niterói
Telefone: 2195-9800
Sábado às 19h e 21h30 e Domingo às 20h        
Ingresso: R$ 50,00 e R$ 25,00 (Meia)
Classificação etária: 14 anos
Gênero: comédia

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