A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca do Rio de Janeiro (SEDRAP) anuncia, nesta segunda, 17, que não há desabastecimento no Estado.
O presidente da Ceasa, Mário Domingues, afirma que os preços das hortaliças estão se normalizando.
“Na quinta-feira passada alguns produtos tiveram uma forte alta, mas já estão se estabilizando. O pregado da alface na quinta-feira era vendido a R$ 30,00, na sexta-feira foi comercializado a R$ 25,00, no sábado já custava R$ 15 e hoje já foi encontrado a R$ 10,00. O mesmo aconteceu com o coentro. Na sexta-feira foi vendido a 20,00, a R$ 13,00 no sábado e hoje foi comercializado a R$ 5,00. Outros produtos como a salsa e o pimentão também apresentam queda nos preços”, esclarece Domingues.
O presidente da Ceasa explica que em condições normais, a Região Serrana responde por 40% da produção de hortaliças de todo o Estado do Rio. Ou seja, 60% do que é produzido no Estado não vem da Região Serrana.
“Os produtores do Norte e Noroeste Fluminense, por exemplo, que não tiveram suas lavouras afetadas pelas chuvas, passaram a direcionar para a Ceasa Rio seus produtos. Com isso os preços têm se ajustado. Isso tem normalizado a oferta e, conseqüentemente, acomodado os preços nos mesmos patamares do período que antecedeu as chuvas. É assim que o mercado se auto regula”, explica o presidente da Ceasa.
Domingues completa: “Embora muitos produtores da Região Serrana tenham perdido tudo, a lavoura, a casa, e até a família, ainda assim o Rio de Janeiro não corre o risco do desabastecimento, pois está sendo suprido, alternativamente, pela produção de outras regiões do Estado”.
Muitas lavouras foram devastadas, outras nem tanto. O principal problema apontado pelo Coordenador do Gabinete de Gestão de Crise instalado pela SEDRAP, Leonardo Brandão, são as vias de acesso.
“As vias de escoamento da produção estão comprometidas. Isso dificulta a chegada de produtos na Ceasa, mas o Governo do Estado está atuando incansavelmente para reverter este quadro”, afirma Brandão.
O presidente da Associação dos Produtores Hortifrutigranjeiros do Estado do Rio de Janeiro (APHERJ), Delcy Resende da Silva, concorda com o Coordenador do Gabinete de Gestão de Crise. Para ele o grande problema é o escoamento.
“Muitas lavouras ficaram intactas, mas não têm estradas para o escoamento de seus produtos”, disse o presidente da APHERJ.
O secretário de Desenvolvimento Regional, Felipe Peixoto, ficou desde domingo até a noite desta segunda-feira no mercado da Ceasa de Conquista, Nova Friburgo, que se transformou em Base Operacional das ações governamentais na região atingida pelas chuvas.
Preocupado com o escoamento dos produtos da região, Peixoto acompanhou a ação do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que atuou na desobstrução de uma estrada que estava bloqueada por um deslizamento de terra.
“Precisamos garantir que a produção das lavouras da Região Serrana chegue ao seu destino. Montamos aqui em Conquista uma verdadeira base de inteligência do Governo. Daqui podemos ver onde estão as comunidades isoladas, vias interditadas e, assim, agir com mais eficiência”, acredita o secretário de Desenvolvimento Regional.
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