quarta-feira, 13 de abril de 2011

Campanha por cirurgia bariátrica menos invasiva


A iniciativa é da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e tem como objetivo garantir o acesso a técnicas mais modernas aos usuários de planos de saúde

Campanha online liderada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica - SBCBM chama a atenção para o direito de os pacientes obesos com indicação para cirurgia de redução de estômago serem operados pelo método menos invasivo, a videolaparoscopia. Atualmente, a cirurgia bariátrica faz parte do rol de procedimentos de cobertura obrigatória pelos planos de saúde, mas não está claro que o procedimento pode ser por videolaparoscopia. O rol é um documento emitido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que sofre atualizações periódicas para a inclusão de novas tecnologias terapêuticas, que passam a ser direito dos usuários de planos de saúde.

"Obesidade sem Marcas" é o tema da campanha, que pretende mobilizar médicos, pacientes e seus familiares, órgãos de defesa do consumidor, ONGs e a sociedade em geral. Por meio de uma página disponível na Internet, qualquer pessoa pode se engajar no movimento, além de ter acesso a um conteúdo completo e atualizado sobre o tratamento cirúrgico da obesidade. "Com essa campanha, queremos alertar que optar pela cirurgia menos invasiva é uma decisão do médico e um direito do paciente", defende Dr. Ricardo Cohen, presidente da SBCBM. Juntamente com o site www.obesidadesemmarcas.com.br, a ação conta também com perfis nas principais redes sociais, como Facebook, Orkut e Twitter.

A decisão de fazer o procedimento pelo método convencional ou por videolaparoscopia cabe ao médico, que tem o dever de oferecer sempre ao paciente a melhor técnica disponível. Porém isso nem sempre acontece. "Como não está especificado no rol da ANS que a cirurgia bariátrica pode ser feita por videolaparoscopia, muitos planos se recusam a cobrir o procedimento, obrigando o paciente a entrar em uma disputa judicial para ter acesso a um direito que é garantido pela legislação atual", afirma Cohen.

Das 60 mil cirurgias bariátricas realizadas em 2010 no Brasil, 35% foram por videolaparoscopia. Apesar de ter crescido nos últimos anos, a utilização do método menos invasivo ainda é pequena, considerando-se que dois terços dos pacientes ainda são submetidos ao método aberto. 

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