O presidente da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Robson Leite (PT), anunciou que realizará uma audiência pública conjunta com a Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo deputado Marcelo Freixo (Psol), em data a ser definida, para discutir a crise na Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB). Crise esta que se agravou: ontem, a Fundação OSB que administra a orquestra anunciou a demissão em caráter irrevogável de 36 músicos, incluindo Deborah Cheyne, presidente do Sindicato dos Músicos. A fundação anunciou também o fim das negociações com os instrumentistas. “Com essa decisão, a fundação conseguiu piorar a situação”, lamenta o deputado.
Ontem (26), Robson Leite denunciou o assédio moral que os músicos estão sofrendo ao secretário geral da Anistia Internacional, o indiano Salil Shetty, que compareceu a uma audiência na ALerj. O deputado também denunciou no plenário da Alerj que a demissão de Deborah Cheyne caracteriza “um claro desrespeito às leis trabalhistas”.
Para o deputado, a OSB se mantém em boa parte graças a recursos públicos e teria que ter uma administração mais transparente. “A Comissão de Cultura requisitou diversos documentos, incluindo o contrato de trabalho do maestro Roberto Minczuk e não foi atendida. A OSB não pode ficar refém de uma política equivocada, que destruiu todo um trabalho de décadas e rebaixou a reputação da orquestra internacionalmente”.
Em uma tentativa de mediar o conflito, Robson Leite realizou no dia 18 uma audiência pública na Comissão de Cultura, mas, apesar de convidados, os diretores da fundação não compareceram. Na audiência, os músicos denunciaram o assédio moral que vêm sofrendo e a perseguição aos líderes sindicais, o que causou uma denúncia de Robson ao Ministério Público do Trabalho.
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