Formado em marketing e com pós-graduação na área, foi diretor de diversas empresas com destaque para a Trend – Tecnologia Educacional e a Nuno Cobra Desenvolvimento Humano, empresário e consultor. É atualmente dono da Sinergy Consultoria de Marketing e RH e da Viajero, loja de malas e acessórios de viagem, além de consultor de várias empresas no Rio de Janeiro.
O que você poderia contar-me a seu respeito antes de começar o seu primeiro negócio.
Sempre pensei como um empreendedor, mesmo quando não tinha conhecimento do que seria isso. Em meu primeiro emprego, tive a missão de atender certo número de clientes dentro de um bairro com entregas de revistas e livros. Depois de uma primeira semana absolutamente frustrante, percebi que alguma coisa deveria ser feita para que eu pudesse ter um resultado melhor e conseqüentemente a empresa atingisse a suas metas. Convoquei então um grupo de amigos e criei uma cooperativa informal, onde todos participavam das etapas do trabalho e também da divisão das comissões advinda das tarefas cumpridas. Foi um enorme sucesso, durante o tempo que estive lá todos os objetivos da área foram cumpridos, com elogios dos clientes pela rapidez e bom atendimento.
Como você começou o negócio da Viajero?
Na minha primeira empresa eu tinha 21 anos, foi a CME – Centro de Microinformática Empresarial, que foi aberta a convite de um amigo. No caso da Viajero, foi a percepção que tive após anos como consultor de diversas empresa, inclusive algumas de varejo. Eu acumulei uma bagagem interessante, que me permitiu vislumbrar o comércio como uma atividade na qual eu tinha o conhecimento suficiente e as características comportamentais necessárias, para me adaptar facilmente.
Como você localizou a oportunidade? Como ela veio à tona?
Na verdade eu buscava um nicho de mercado onde algumas características estivessem presentes, tais como:
Consumo em crescimento e aberto a novos entrantes;
Obsolescência do produto mediana – por tempo de vida do produto ou modismo;
Concorrência pudesse ser mapeada, analisada e que não fosse extremamente pulverizada;
Permitisse um mix de produtos variado e capaz de atender a várias segmentações.
Como você avaliou a oportunidade em termos dos fatores críticos de sucesso?
Em qualquer tipo de comércio o preço é fundamental. Apenas no mercado de alto luxo ou de produtos com algum tipo de risco à saúde ou à vida, esta máxima tende a ser modificada. Entretanto, a maioria dos consumidores compra quando acredita que o preço pago está de acordo com o bem comprado, ou percebe uma vantagem nesta aquisição.
Portanto, no caso da Viajero eu tinha convicção que daria certo, pois numa só equação reuni preço, qualidade, design, condições comerciais (prazo), atendimento e marcas conhecidas.
Qual espécie de planejamento você fez?
Todos os possíveis e desejáveis. Eu sempre digo em minhas consultorias que, sem pesquisar, não consigo ter dados para planejar e, sem planejar, não consigo chegar aos patamares desejados.
O que você considera ser o seu mais valioso patrimônio - a coisa que permitiu que você tivesse sucesso?
O conhecimento. Pois sem ele qualquer negócio fica parecido como se participássemos de uma maratona, extremamente cansativo, com inúmeras tentativas sem parâmetros, tendo erros e acertos em profusão, que nos desestabilizam e sempre nos levam a realizações inferiores ais quais almejávamos, sem o conhecimento nós sempre “achamos” e com ele nos passamos a ter “certezas”.
Qual conselho você daria a um aspirante de empreendedor? Você poderia relatar as três lições mais importantes que aprendeu?
O conselho é “dinheiro não aceita desaforo”. Depois que escutei isso, nunca mais minha relação com o dinheiro foi instável.
As lições:
- Sempre baseie suas decisões em conhecimento adquirido e respeitando o seu feeling
- Nunca desista de suas idéias antes de tentar todas as variáveis para torná-la vencedora.
- O seu principal cliente é seu funcionário, pois ele tem que ser seu parceiro na busca pelos resultados. Tendo ele contra você, sua chance diminui muito.
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