A Secretária de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, Adriana Rattes, assinou nessa quinta-feira (07/07), com o prefeito de Paraty, Zezé Porto, durante a Flip, na Casa de
Cultura da cidade, na Costa Verde do estado do Rio de Janeiro, um Protocolo de Intenções com o objetivo de criar um espaço de livre acesso - aos moldes dos que já existem nas Bibliotecas Parque de Manguinhos e em Niterói - no bairro da Mangueira, no balneário fluminense. O documento será enviado ao Ministério da Cultura.
Na cerimônia, a Secretária destacou a importância da implantação desse equipamento cultural naquele município histórico. "Paraty é o lugar ideal para uma Biblioteca-Parque na Costa Verde. Vamos instalar aqui uma biblioteca que seja cabeça de rede,com o objetivo de ajudar na recuperação do tecido social de toda a região", anunciou Adriana, destacando que o projeto das Bibliotecas Parque parte da premissa de que biblioteca não é só um lugar de estudo, mas também para formar cidadãos.
A nova biblioteca terá entre 3 e 4 mil metros quadrados, e estará instalada numa região que sofreu com o crescimento desenfreado nos anos 80. A idéia é que tenha auditório, cinema e teatro, além de acervo digital.
"Paraty tem uma trajetória de políticas públicas voltadas à leitura, consolidada não só pela Flip, mas também por outros projetos, pelo trabalho de ONGs e OCIPs. Por isso é um município muito qualificado para receber uma Biblioteca Parque, e nutrir toda a rede de leitura da região", apontou Vera Saboya, Superintendente da Leitura e do Conhecimento da Secretaria de Estado de Cultura.
Durante o evento, Mauro Munhoz, diretor-geral da Flip, falou como o festival tem se articulado com ações de incentivo à leitura em todos esses anos. "O anúncio da Biblioteca Parque é a realização de um sonho de anos, que promove o difícil encontro entre um evento como a festa literária e o cotidiano das pessoas que aqui vivem".
Já o presidente da Fundação Biblioteca Nacional, o jornalista Galeno Amorim também destacou a iniciativa: "As Bibliotecas Parque são importantes em qualquer cidade, por terem a capacidade de mostrar como bibliotecas são lugares prazerosos. Mas Paraty foi uma ótima escolha, pelo relevante papel que tem assumido como vitrine de projetos de incentivo à leitura".
Paraty para sempre
Paraty está no foco ainda de uma grande campanha. Pela terceira vez, o município vai se candidatar a Patrimônio Mundial da Cultura e da Natureza, da Unesco. Uma equipe de vinte pessoas vai circular pela cidade, com os chamados livros de ouro: cadernos que registram um abaixo-assinado, para mobilizar a sociedade na busca pelo reconhecimento da importância histórica do município.
"Todo mundo se surpreende quando chega aqui e sabe que Paraty ainda não é um Patrimônio da Humanidade", diz Adriana Rattes, uma das líderes da campanha. "A idéia é chamar a atenção da sociedade toda. Não queremos que apenas autoridades se sintam engajadas nessa campanha, e sim cidadãos, formadores de opinião, intelectuais".
Com o slogan "Paraty. Para todos, para o mundo, para sempre", a campanha vai anexar o abaixo-assinado ao dossiê que marca a pré-candidatura do município a Patrimônio da Humanidade pela Unesco, em setembro. No final do ano, será enviado o dossiê completo.Um site também foi lançado, para ajudar na mobilização da campanha.
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