Em razão da comemoração do aniversário de 15 anos do Museu de Arte Contemporânea, o artista Frans Krajcberg foi convidado para expor suas obras no período 03 de setembro a 23 de outubro. A mostra reúne 28 obras, que se dividem em sete esculturas de chão, sete trabalhos que são marcas notórias do artista, além de 15 fotografias da natureza realizadas em diversos períodos da vida do artista.
Krajcberg vive em Nova Viçosa, interior da Bahia desde a década de 70, e confeccionou a maioria de suas peças de cipós e troncos de árvores destruídas pelo fogo. Seus trabalhos possuem uma estética totalmente inovadora com um tema mais discutido no mundo contemporâneo: a natureza. Segundo a marchand Márcia Barrozo do Amaral, que representa as obras do artista, Krajcberg vive 24 horas por dia pela incansável luta pela natureza e pelo planeta. No contexto do Ano Mundial da Árvore, Krajcberg expressa a sua revolta pela destruição do meio ambiente declarando: “Brevemente haverá apenas uma natureza vencida pelo homem, uma natureza destruída pelo homem, assassinada pelo homem.”.
“A natureza para Frans Krajcberg é um enorme reservatório de energia vital e de poesia visual, o teatro permanente de sua metamorfose...” Com estas palavras o crítico Pierre Restany define a principal preocupação do artista, ao longo de mais de meio século de trabalho: as grandes questões do meio ambiente e a possibilidade de formular soluções realistas, principalmente, denunciando a destruição da natureza, as queimadas, a extinção das tribos indígenas. Frans Krajcberg viveu em Monte Alegre, no Paraná, onde produziu a série de pinturas denominadas “Samambaias”, em São Paulo, no Rio, sempre trabalhando, sempre criando. Morou em Paris, onde mantém um atelier até hoje, viveu em Ibiza, ali iniciando a série Relevos sobre pedra, que lhe valeram o Prêmio de Pintura, na IV Bienal de São Paulo (1957) e na Bienal de Veneza (1964).
Como conseqüência destas viagens, Krajcberg introduziu o fogo na sua obra – é a época das esculturas queimadas, que tanto impacto causaram no público, ponto alto do ano Brasil-França. Frans Krajcberg, além de artista plástico mundialmente renomado, com obras nos mais importantes museus, é excelente fotógrafo. Em suas viagens à Amazônia, ao interior de Minas Gerais, ao Pantanal, assistiu cenas chocantes de destruição ambiental. Esses registros feriram e ferem de tal maneira sua sensibilidade, que estão sempre presentes em suas obras, principalmente nas “esculturas queimadas”. A importância de sua obra no contexto da ecologia mundial é indiscutível, se consagrando como grande defensor das causas ecológicas.
Serviço:
Exposição Franz Krajcberg
Período de visitação: 03/09 a 23/10
Abertura: 03 de setembro
R$5
Terça a domingo, 10h às 18h (a bilheteria fecha 15 minutos antes). Estudantes com carteirinha e brasileiros acima de 60 anos pagam meia-entrada. Estudantes da rede pública (até o ensino médio) e crianças abaixo 07 anos são isentos. Quarta-feira a entrada é franca.
* No período da exposição de Krajcberg os moradores de Niterói não pagam ingresso
Museu de Arte Contemporânea de Niterói
Mirante da Boa Viagem, s/nº.
2620-2400
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