quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Projeto Novas Cenas

Novas Cenas 2011: artistas do interior fluminese começam oficinas no Parque Lage, em preparação para o Grande Festival Martins Pena de Teatro Amador

O dramaturgo carioca Martins Pena, que inaugurou a comédia de costumes no Brasil, é o mote para uma série de oficinas que acontece entre sexta-feira e domingo (30/09 a 02/10), no Parque Lage, voltadas a grupos de teatro amador de diferentes municípios fluminenses. A atividade faz parte do Novas Cenas 2011, programa da Secretaria de Estado de Cultura (SEC) voltado à capacitação e qualificação artística de grupos amadores do interior do Rio de Janeiro. Este ano, é realizado por meio de um convênio com a Federação de Teatro Associativo do Estado do Rio de Janeiro (Fetaerj), e vai dar origem ao Grande Festival Martins Pena de Teatro Amador, em novembro.

Dezesseis grupos de todo o estado foram selecionados, por meio de um edital, e enviarão até dois representantes, cada, para participar das quatro oficinas oferecidas gratuitamente na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (vinculada à SEC). A crítica teatral Barbara Heliodora vai ministrar uma delas, enfocando a obra de Martins Pena; João Fonseca falará sobre direção; Ney Madeira, sobre figurino e cenário. No decorrer das oficinas, os grupos vão escolher qual peça do dramaturgo irão encenar, e receberão R$ 10 mil para a produção. Os espetáculos serão montados no município de origem e apresentados, de 3 a 6 de novembro, no teatro da Casa de Cultura Laura Alvim (vinculada à SEC). Durante o festival, as montagens serão alvo de pareceres dos críticos Daniel Schenker e Tânia Brandão.

“O Novas Cenas dá visibilidade e amplia o conhecimento dos grupos semi profissinais de todo o estado, por meio das oficinas que serão ministradas”, descreve Sassá Samico, coordenadora do projeto na Superintendência de Artes da Secretaria de Cultura.

“Ao oferecer as oficinas e o acompanhamento das montagens, o objetivo é criar multiplicadores. Os participantes do projeto poderão espalhar esse conhecimento em suas regiões de origem”, destaca o coordenador do festival, Tadeu Aguiar.

Conhecido como o Molière brasileiro, Martins Pena deu no século XIX o pontapé inaugural da comédia no Brasil. Apesar de ter morrido com pouco mais de 30 anos, deixou um legado de mais de 20 peças que retratavam a sociedade brasileira da época.



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