segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Companhia de Ballet da Cidade de Niterói emociona público no Encontro Niterói com América do Sul

A Companhia de Ballet da Cidade de Niterói subiu ao palco da Praia de Icaraí neste domingo dentro da programação do Encontro Niterói com América do Sul para apresentar seu mais recente trabalho, “Ognat”. A obra traz uma homenagem ao compositor argentino Astor Piazzolla, que completaria 90 anos em 2011 se fosse vivo. Através de “Ognat”, oriunda da palavra tango ao contrário, a Companhia propõe um mosaico de impressões emocionais causadas pelo encontro da música pulsante de Piazzolla, demonstrando paixões, dores, emoções, etc.

Com criação e direção coreográfica de Clébio Oliveira, além da direção artística de Roberto Lima, “Ognat” surgiu através da participação da Cia no V Cello Dance, em agosto, quando foram convidados pelo Sesc para apresentarem-se com um espetáculo. A montagem que tinha apenas 12 minutos, ganhou outros 38 em apenas 20 dias de ensaios, tendo recentemente se apresentado no Teatro Municipal de Niterói.

- “Ognat” é uma leitura antropológica e antropofágica do tango. Esse espetáculo é o que se pensava antes do tango como conhecemos. Mostramos o movimento e a sexualidade da dança – explica Clébio.

Já para Roberto Lima, diretor da companhia, o contato do espetáculo com o público é sempre uma surpresa, assim como as reações na apresentação no Encontro Niterói com América do Sul.

- Somos artistas e a reação do público é sempre interessante. Temos como parte do nosso trabalho mexer com os sentimentos, levar a reflexão, provocar e tirar do lugar comum – concluiu Roberto.

A Companhia de Ballet da Cidade de Niterói foi fundada em 1992 e tem com o objetivo  formar um núcleo de trabalho para bailarinos, professores e coreógrafos, colaborando para manter a dança brasileira em desenvolvimento constante. Sexta companhia oficial no Brasil, conta atualmente com 30 bailarinos profissionais selecionados através de concurso público. A companhia vem desenvolvendo trabalho bastante eclético, no qual mescla a técnica clássica a um repertório contemporâneo. Entre seus maiores sucessos destacam-se "Carmina Burana", "Uma Noite Com Cole Porter", "Carmen", "Três Concertos e Variações Enigma", "Choros – Um tributo a Pixinguinha", Enquanto Dure...”,Caixa de Cores”,  “Tempos Líquidos” e “Desatino “.


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