A Piloto estréia na categoria no GP Brasil de Motonáutica, que começa nesta sexta (26). Ela pretende seguir os passos da americana Betty Cook, legenda do esporte
Em um esporte dominado pelos homens, a norueguesa Marit Stromoy é exceção. A piloto de 33 anos e que disputa competições de barcos desde os 12, estréia na categoria máxima da motonáutica neste fim de semana, na praia do Flamengo. Marit desembarcou no Rio de Janeiro nesta terça-feira (23) e será a única mulher no grid de largada do GP Brasil Class 1, que começa na sexta-feira (26), com os treinos livres.
Desde 1992 que a Fórmula 1 dos mares não contava com uma representante feminina no grid. A última foi Monica Rampezotti, que disputou o Mundial em 1992. Na década de 80 outras duas italianas (Giovanna Repossi e Amanuela Colletta) participaram da competição. No entanto, nenhuma delas teve tanto sucesso quanto a americana Betty Cook, que estreou na categoria em 1970 e foi campeã nas temporadas de 1977 e 1979.
“Se eu conquistar a metade do que a Betty conquistou já vou estar satisfeita. Sei que é a minha estréia na Class 1, mas não vim apenas para fazer turismo”, disse Marit, que visita o Rio de Janeiro pela primeira vez na vida. “Sempre quis conhecer o Rio, mas não tive essa oportunidade anteriormente. Estou realmente empolgada”.
Nascida em Sandefjord e atualmente morando em Oslo, capital norueguesa, Marit disputou a sua primeira corrida em 1989. Em 1993, ela estreou na categoria S-550, conquistando três títulos europeus (1996, 98 e 99). Antes de estrear na Class 1, ela ainda disputou os Mundiais de F-2000, as 24 horas de Rouen (França) e se tornou, em 2007, a primeira mulher a disputar uma prova do Mundial F1.
“Os barcos da F1 são bem menores e o piloto fica sozinho no cockpit. Na Class 1, os barcos tem praticamente o dobro do tamanho e a grande diferença é que, aqui, as embarcações tem duas pessoas, o piloto e o Throttleman (responsável pela aceleração e desaceleração)”, disse Marit.
Marit disputará o GP Brasil Class 1 de Motonáutica pela equipe norueguesa Welmax Offshore, que usa motores (são dois por embarcação) Mercury V8 de 9.1 litros, cada um com 900cv de potência.
Outros sete profissionais, entre pilotos e throttlemans desembarcaram no Rio nesta terça-feira. Quatro deles da equipe Victory, dos Emirados Árabes, atual tricampeã da Class 1, incluindo o piloto Arif Saif Al Zafeen, grande destaque da categoria, que soma 18 corridas no currículo e nada menos do que 12 vitórias. Ele correrá ao lado de Nadir Bin Hendi. A dupla conduzirá o barco Fazza 3.
Nesta quarta (24), desembarcam na Cidade Maravilhosa os últimos profissionais da Class 1. São eles, o piloto Rashed Al Tayer, dos Emirados Árabes, da equipe italiana Giorgioffshore, o piloto italiano Guido Cappellini, da equipe espanhola Duemme Yacht Broker, e a dupla italiana da equipe Veneta Marina Racing, formada pelo piloto Fabio Magnani, o mais velho do grid, com 53 anos, e o throttleman Marco Pennesi.
O GP Brasil Class 1 de Motonáutica acontecerá de 26 a 28 de março na Marina da Glória/Praia do Flamengo, Rio de Janeiro.
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