Mais de dois mil metalúrgicos e portuários lotaram o plenário da Câmara de Vereadores de Niterói na manhã desta segunda-feira, dia 13 de junho, para conhecer o projeto de lei de autoria do Vereador Vitor Junior (PT) que restringe uma área de 15 mil metros quadrados no bairro de Ponta d´Areia para atividades voltadas ao setor naval e off-shore. A área, ocupada pelo Grupamento Aéreo Marítimo da Polícia Militar e pelo Centro de Formação de Oficiais da PM é disputada pelo estaleiro Mac-Laren e pelas duas empresas arrendatárias do Porto de Niterói, que querem expandir seus negócios.
“Esta audiência tem o objetivo de iniciar uma discussão para o destino desta área imprescindível para o desenvolvimento da industria naval em Niterói”, disse o Vereador Milton Carlos Cal, presidente da Comissão de Industria Naval da Câmara e que presidiu a audiência pública. A tribuna foi ocupada por diversas lideranças da área naval, além de representantes do estaleiro e do porto que defenderam seus pontos de vista e o direito em usar aquela área. Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói, José Mascarenhas lembrou que a cidade vem perdendo postos de trabalho para estaleiros localizados no nordeste e no sul do país e que algo precisa ser feito para restabelecer o padrão anterior de encomendas de embarcações em Niterói. “Independente de quem tem o direito pela área, é importante frisar que a cidade está perdendo as encomendas de embarcações e navios para estaleiros de outros estados, por falta de uma política local para o setor”, disse ele.
Autor do projeto que prevê uma destinação do terreno para a industria naval e off-shore, o Vereador Vitor Junior destacou que para receber encomendas da Petrobras o estaleiro Mac-Larem necessita desta área para a expansão de suas atividades. “São mais de 3 mil empregos que podem ser gerados, mas queremos ampliar a discussão. Vamos formar uma comissão com representantes das áreas portuárias e da industria naval para avançarmos nesta discussão, imprescindível para a geração de empregos em Niterói. Quero que a área tenho um destino certo e que não passe a ser cobiçado por setores imobiliários. Ali, uma área pública, tem que ser destinada a uma atividade que gere empregos e por consequência renda para a nossa cidade”, finaliza Vitor Junior.
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