A dirofilariose ou popularmente conhecida como “verme do coração” é uma zoonose parasitária, de evolução crônica, que acomete principalmente o cão doméstico, o gato e várias espécies de animais silvestres. É causada pelo filarídeo Dirofilaria immitis, considerado um dos parasitos cardíacos de maior importância pelo caráter zoonótico emergencial.
Sua ocorrência é cosmopolita e considerada endêmica em áreas litorâneas, como por exemplo, a Região Oceânica de Niterói.
A transmissão ocorre quando um mosquito (Culídeos) se alimenta em um animal portador da doença, assim, infectando-se por microfilárias (L1). Após a ingestão do mosquito, em um prazo de 10 a 30 dias, desenvolve-se a forma larval infectante (L3) no mosquito. Este irá picar (repasto sanguíneo) outro animal sadio, no qual a L3 sofrerá mudas, chegando ao estágio de L5, cerca de 70 a 90 dias após a infecção. A L5 se instalará nas artérias pulmonares e, de 2 a 3 meses, alcançará a maturidade sexual, migrando para o coração (ventrículo direito), onde produzirá novas microfilárias (L1).
Na maioria dos casos os animais infectados por D. immitis não apresentam sintomatologia clínica evidente, mas dependendo da gravidade das lesões e da evolução da enfermidade, os sintomas podem variar de tosse crônica, perda de peso, mucosas pálidas e anemia, podendo chegar até a caquexia, ascite, dificuldade respiratória e intolerância total ao exercício e, por fim, a morte, em decorrência de insuficiência cardíaca congestiva direita.
Em seres humanos, pode causar nódulos no pulmão que são confundidos frequentemente com neoplasia pulmonar.
O diagnóstico da infecção por D.immitis em cães depende dos sinais clínicos, achados radiológicos e avaliação de amostras sanguíneas para detecção de microfilárias.
O tratamento é longo e requer acompanhamento frequente do médico veterinário, pois animais não tratados poderão desenvolver quadro clínico cada vez mais graves, comprometendo drasticamente sua qualidade de vida.
Felizmente, a filariose pode ser facilmente prevenida desde filhote.
Atualmente, existem vários medicamentos apresentados em forma de comprimidos ou líquidos absorvidos pela pele, não existindo, porém, nenhum tipo de vacina para essa patologia.
Lembro também que essa prevenção deverá ser mensal.
Por isso não deixe de levar regularmente o seu melhor amigo ao médico veterinário e o proteja contra essa doença que pode ser fatal.
Dr. Danillo Diniz dos Reis - CRMVRJ 10430 é veterinário e atende em tempo integral na Gaudério Rações em Itaipu.
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