segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Exposições foram destaques do sábado

Artistas plásticos do Equador e da Argentina "invadiram" o Museu de Arte Contemporânea, ontem (sábado). Dentro programação do Niterói Encontro América do Sul, foram abertas exposições de 11 artistas equatorianos. O projeto "La ciudad es un avispero de ruídos", da Bienal Internacional de Cuenca (Equador) ocupa o segundo andas do MAC.

 O trabalho reúne obras de artistas de gerações diferentes, que buscam traduzir a problemática de estar no interior da vida urbana, tomando como ponto de partida a crítica aos exercícios de poder que se sobrepõem sutilmente à "ofensiva naturalidade" do cotidiano. Para a artista Larissa Guayaquil Marangoni apresentar seu trabalho "Y… cuando pase el temblor", mostra como as cidades são parecidas em sua essência. A partir de vídeos que grava com seu celular durante corridas, Larissa mostra que, no chão, todos são semelhantes.

- Nós usamos as ruas para nos locomover constantemente. Somos todas iguais no chão, a única coisa que nos separa são pontos turísticos, como o Corcovado no Rio de Janeiro”, defende a artista, que aproveita a passagem pelo Encontro Niterói América do Sul para captar imagens que serão exibidas na Bienal de Cuenca, que começa na próxima semana no Equador.

A cidade inclusive também está sendo fonte de inspiração para o artista Julio Mosquera, que aproveitou a bela paisagem do MAC para traçar algumas imagens.

- Estou muito contente com o carinho e a atenção com que a população de Niterói me recebeu. Esta passagem está inspirando-me para criar novas obras -  contou Julio.

No mesmo local, a exposição conjunta Castagnino + Macro apresenta obras do Museu Municipal de Belas Artes Juan B. Castagnino e do Museu de Arte Contemporâneo de Rosário, ambos da Argentina. O artista plástico Leo Battistelli, argentino radicado há cinco anos no Brasil, apresenta a obra "Memória da Água", com peças de cerâmica resgatadas das enchentes de janeiro, na Região Serrana.

- Tomei como missão cristalizar para sempre estas cerâmicas pintadas pela água. Encontrei um modo simples de dialogar com o rio, que a água nos comunique o que estamos nos esquecendo em nosso mundo. Precisamos tentar ver e escutar o que o rio nos quer dizer - explica Leo.

MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE NITERÓI – MAC
End.: Mirante da Boa Viagem s/ nº, Boa Viagem.
Tel.: (21) 2620-2400
Data e horário: Terça a domingo, de 10 às 18h.




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