segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Casulos de Ricardo Chen na Sala José Cândido de Carvalho

O artista plástico Ricardo Chen realizará sua primeira exposição individual, a partir do dia 24 de agosto, na Sala José Candido de Carvalho.
Estarão expostas três obras: uma instalação formada por cerca de 20 peças que interferem na arquitetura da galeria da Fundação de Arte de Niterói, uma obra de parede e uma de chão, executadas com uso livre da técnica manual de laminação com fibra de vidro, além de gesso, metais e MDF.
As obras são resultado de uma pesquisa experimental do artista sobre algumas possibilidades de estruturação, modelagem e expressão da laminação com fibra de vidro, desenvolvida na Oficina de Escultura do Museu do Ingá, entre 2008 e 2010, com a assistência técnica do artista plástico Carlos Van Der Ley.

Ricardo Chen
Licenciado em Educação Artística, com habilitação em História da Arte, pela UERJ. Desde 2007 é freqüentador da Oficina de Escultura do Museu do Ingá. Participou da exposição coletiva Agregados, 2010, sob a curadoria de Osvaldo Carvalho, na rede Sesc RJ.
“Ao nos debruçarmos sobre a arte contemporânea estamos antes investigando um percurso que determinando um ponto de chegada. O que se dá com o contemporâneo é uma abertura para que o pensamento reflexivo que a arte é capaz de proporcionar seja livre para se apropriar de imagens do nosso dia a dia tanto quanto das imagens que integram a história da arte, com a finalidade de rever sua própria linguagem.
Em um mundo de conexões virtualmente instantâneas essas imagens se tornaram o objeto de crítica pela própria importância que lhes foi conferida ao transitarem ao redor do mundo em segundos. Ao artista contemporâneo cabe esse olhar atento para determinar sua ação e qualificar sua percepção do momento em que se depara com novas perspectivas.
Ricardo Chen nos oferece com seus casulos a própria marca da atualidade de uma obra de arte com o uso preciso de sua linguagem poética aliada à manufatura de suas peças em fibra de vidro, em que nos precedem o estranhamento e o deslocamento intelectivo. Ainda que sejam “trabalhos que dispensam um arcabouço interno, obrigando toda a atenção a concentra-se na elaboração de suas superfícies”[1], possuem o caráter do contraditório ao se abrirem para a imaginação, posto que suas superfícies vazadas nos levam a crer que algo mais está por vir de seu interior.
E ficamos à espera.
Enquanto aguardamos é que nos damos conta das tantas possibilidades que nos permite a arte contemporânea, é quando somos não surpreendidos, mas instigados a ir além.”
Osvaldo Carvalho

Serviço:
Exposição Casulo – Ricardo Chen
Local: Sala José Cândido de Carvalho
Data: 24 de agosto a 23 de setembro
Visitação: Segunda a sexta-feira, 9h às 17h
Endereço: Rua Presidente Pedreira, 98- Ingá
Tel 2621-5050

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